Seguidores

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Nota de esclarecimento

"Convém destacar que toda condução da discussão da matéria pela Administração Central da UFRN foi estritamente democrática, com a oitiva dos órgãos envolvidos, tendo havido aprovação da adesão pelo Conselho Diretor do Hospital Universitário “Onofre Lopes”, pelo Conselho do Centro de Biociências e pelo Conselho do Centro de Ciências da Saúde. A proposta foi então encaminhada ao Conselho Universitário como órgão de deliberação máxima, nos termos do estatuto da UFRN."
A reitoria da UFRN afirma que "...tendo havido aprovação da adesão pelo Conselho Diretor do Hospital Universitário “Onofre Lopes”, pelo Conselho do Centro de Biociências e pelo Conselho do Centro de Ciências da Saúde....". Esclrecemos que todos os conselhos da UFRN tem em sua esmagadora maioria docentes e ocupantes de cargos comissionados ou em comissão, e isso eles chamam de democracia. Quanto ao HUOL os responsáveis pela aprovação são:
Diretor Geral:
Prof. José Ricardo Lagreca de Sales Cabral
Diretor de Ensino, Pesquisa e Extensão:
Prof. Irami Araújo Filho
Diretor Administrativo – Financeiro:
Francisca Zilmar de Oliveira Fernandes
Diretor de Recursos Humanos:
João Alves de Souza
Coordenador Executivo do Complexo Hospitalar e de Saúde:
Prof. Juarez da Costa Kainara Ferreira
Diretor do CCS:
Prof. Henio Ferreira de Marcus Miranda,
Chefe do Departamento de Cirurgia:
Prof. Aldo da Cunha Medeiros,
Entre outros que em breve elencaremos com mais detalhes. Como visto TODOS OCUPAM CARGOS DE CONFIANÇA, uns há quase 20 anos na mesma função. A UFRN está muito distante de ser uma entidade que exerce a democracia. No atual momento são os docentes que estão desenhando os horizontes e a sorte dos técnico-administrativo,aliás sempre foi assim, uma Instituição em que seus dirigentes se gloriam de um crescimento desordenado e que não se observa recursos humanos como eixo estruturante, valorização e humanização do trabalhador, sempre ficará aquém da modernidade.
"...O mundo da modernidade realça a questão de Recursos Humanos em todas as instituições que buscam a correta adequação entre as necessidades da população usuária e objetivos institucionais. Pensar recursos humanos como eixo da estrutura organizacional significa pensar estrategicamente, pensar modernamente. A gerência de recursos humanos em organizações modernas enfatiza e prioriza aquele que dirige e desenha políticas institucionais voltadas para esta área, uma vez que a produtividade e a qualidade do produto oferecido à sociedade serão, em boa parte, reflexo da forma e das condições com que são tratados os recursos humanos que lá atuam. O Brasil se coloca entre aqueles países que fazem a política inversa a que mencionamos acima... Apesar da saúde ser uma área de proteção, regulação e controle do Estado, a realidade brasileira oferece farto material empírico que aponta para uma inadequada e perigosa desarticulação entre saúde como bem público e aqueles que produzem este bem. Salários irrisórios, condições precárias de execução das atividades essenciais, ausência de incentivos e infra-estrutura adequada para a produção de uma política de valorização profissional, entre outros problemas, têm levado muitos desses profissionais a abandonarem a idéia de fazer Saúde Pública..."
"...A minimização das funções do Estado, a redução do financiamento para as áreas sociais, o forte apelo e poder da área econômica em detrimento às áreas sociais, a dependência não só econômica mas também política de agências internacionais (BIRD, Banco Mundial, e FMI), o processo de privatizações com fortes repercussões na área social (segurança,saúde, educação) são marcas registradas de um Estado com ajustes neoliberais. O encolhimento da esfera pública do Estado é sentido nos vários setores e, em especial, na área da saúde..."
"...Voltando a área de RH, podemos notar que os ajustes neoliberais ocorridos nesta última década atingem de forma preponderante as políticas de RH. A precarização do trabalho, a tercerização dos serviços de saúde, a perda do sentido de carreira profissional e a desregulação do mercado são algumas das conseqüências deste processo de encolhimento da esfera pública do Estado. Um setor que gera em torno de dois milhões de empregos diretos e outros milhões indiretos não pode ser tratado com negligência e sem explicita política de recursos humanos. Desta forma, precisamos ater-nos cuidadosamente na demolição de alguns mitos que nos rondam... Oitavo, o mito que é possível fazer saúde com profissionais recrutados de qualquer maneira e pagos por tarefa cumprida deverá ser desfeito. A adoção de uma “política de cortadores de cana”, que recebem por produção e de forma sazonal, implantada no setor saúde nestes últimos anos, é absolutamente incompatível com um Estado responsável pela saúde da população e, claro, pelos profissionais que produzem este bem precioso. O sentimento de vida contrariada imposta aos trabalhadores da saúde no Brasil precisa ser removido. O prazer pelo trabalho, a dedicação ao paciente e o compromisso pela saúde da população terão que ser resgatados. O ambiente de trabalho destes profissionais precisa ser reestruturados, tornando-se menos inadequados à boa prática da saúde. A tecnologia, a gerência racional, as organizações de saúde pouco estruturadas, a violência urbana e até mesmo a violência nos ambientes de trabalho, os salários baixos e a ausência de carreira profissional fortalecem este estado de vida contrariada de nossos profissionais de saúde. Da mesma forma que devemos nos sensibilizar com o combate à fome no País, precisamos, sem exageros, combater a cultura de “desumanização” do trabalho dos profissionais de saúde. Este deverá ser um grande programa nacional de humanização dos RH.

Nenhum comentário:

Postar um comentário